terça-feira, 26 de janeiro de 2010


Fotografia de: Gonçalo Martins



Programa de formação



Horas: 44 horas


Numero limite de participantes: 20 pessoas


Idades: Maiores de 16 anos


Acções de Formação constantes da formação:


- História e Teoria da Performance; (12 horas)

- Praticas Performativa; (12 horas)

- Criação Artística ou Projecto; (20 horas)


Sinopse das Acções de Formação:


História e Teoria da Performance:

Neste contexto procura-se proporcionar o contacto com o pensamento estético e filosófico em torno da Performance. Procura-se desenvolver uma noção de pensamento criativo sustentado em referencias essenciais para desenvolver este tipo de lógica reflexiva.


Praticas Performativas:

Através da análise e contacto com o testemunho de alguns artistas, que desenvolveram um trabalho de performance ou com cariz performativo, pretende-se desenvolver uma consciencialização e uma base sólida no sentido de impulsionar a pratica da Performance.


Criação Artistica:

Tendo em conta todo o referencial, histórico, estético e pratico, operado anteriormente pretende-se que os participantes desenvolvam um trabalho criativo, colectiva o individualmente, assente nos pressupostos da Performance. Este trabalho desenvolvido pelos participantes deverá ter uma aplicabilidade pratica em contexto Cultural.



Fotografias de: Gonçalo Martins


Algo nasce de algo.

Tal como algo nasce de algo assim também a esta criação artística nasce de algo. Mas não de algo cristalizado e parado num Tempo que muitos chamam por graça, outros à boca pequena, de "poeirento".

Esta criação artística de que se fala aqui é mais um processo do que uma construção. É uma construção de um processo. Processo esse que se pressupõe consciente e continuo. Uma forma de pensar um conceito não como algo que parte de algo, mas algo que nasce de uma ideia, de um conceito para chegar a algo. Algo que não parte de uma meta, mas de uma construção de uma meta.

Clarificando:

É muito mais um continuo caminhar num sentido que pode ser mutável e criativo (Performance) e não uma criação que assenta em linha gerais estritamente defendias à priori (Teatro)







Happening, Instalação,Performance…

Algo que acontece. E porque é que acontece? Acontece porque há uma predisposição para. Há uma vontade de criar, de exprimir. Um drama dentro de uma dramaturgia só pensada.

Este é um bom ponto de partida para rever o Teatro. Para pôr em questão até o próprio Teatro e a sua maneira de encarar o mundo. Mas mais que isso é a oportunidade de expressar os medos sem medos.

Aliar algo que está a acontecer no momento, com um objecto plástico mais orgânico que plástico e com uma "representação" que já não é representada mas sim vivida.

"Mulhere(s)".


Consumir-me através do capital aplicado. Mascarar-me. Multiplicar-me. Dualizar-me. Complicar-me. Masturbar-me. Questionar-me. Matar-me na esperança de um sentido. Lavar-me deste lixo social onde respiro.

Estas questões, que põem em causa todo o conceito social e particular de cada mulher, são expostas à luz de "uma ribalta" cuja a qual é também ela um reflexo social. São expostas questionando até o próprio conceito de espectáculo teatral.

Foi partindo destes pressupostos que se nos pareceu necessário refazer o espectáculo e mostrá-lo mais uma vez. Tornou-se-nos claro, porem, que já não bastava apenas apresentá-lo mas também mostrar outras dimensões deste trabalho.

Assim surgiu-nos no horizonte a possibilidade de aliar a este espectáculo uma componente ainda mais construtiva que se prende com a criação de uma formação, que ao mesmo tempo que seria um complemento a este espectáculo, tornar-se-ia uma criação artística colectiva ela própria.

A isto nos propomos:

Conciliar um espectáculo performativo com uma formação que tanto o explique, como dê a conhecer a outros a Arte da Performance, como ainda, incentive a produção de objectos performativos.